18/07/2007
ESPECIAIS | Esta freguesia é para agricultor
Uma terra milenar que mantém as suas tradições no que concerne ao cultivo da terra, beneficiando desde 1997 da maior barragem do concelho de Anadia
Decorria o ano de 1006 quando um “senhor da terra” decidiu criar no Sul da Serra de Vila Nova uma quinta de exploração agrícola para tirar partido do fértil vale banhado pelo rio da Serra e a partir daquele momento uma pequena comunidade começou a fixar-se nas terras circundantes.
Os processos de cultivo foram avançando, a população crescendo e a agricultura de subsistência então praticada pela população tornou-se fonte de riqueza, evoluindo para uma agricultura de mercado. O linho, milho, legumes e hortaliça foram as primeiras culturas das terras baixas, seguindo-se o tabaco e kiwi. Nas zonas mais elevadas, os agricultores dedicavam-se a batatais e olivais, enquanto as encostas argilosas há muito se utilizavam para a vinha.
Vila Nova surgiu em zona rodeada por uma fértil várzea e terrenos argilosos propícios à agricultura. A importância desta actividade nota-se desde logo no brasão da freguesia (de origem hebraica) composto por uma videira truncada e folhada em gavinha de prata com três cachos de uva dourados nas extremidades. Esta é uma imagem que poderá (e deverá) ser entendida como símbolo das actividades económicas ligadas à agricultura, em especial a vinicultura. Não é “ao acaso que fazemos parte da Rota dos vinhos da Bairrada, néctar afamado pelos seus sabores adamados, não esquecendo, claro está, a nossa gastronomia típica: o leitão e a chanfana”, frisa António Duarte, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Monsarros.
Os primeiros registos da aldeia datam de 1006, altura em que se constituiu como Orago (santo católico padroeiro de uma região), pela sua ligação ao trabalho, São Miguel Arcanjo, representado no brasão vilanovense pela espada. Falar da freguesia é, por isso, “dar a conhecer a grandeza de uma população trabalhadora, briosa e empreendedora, bem como a beleza rara de Lugares dignos de serem visitados”, frisa o autarca local.
São Miguel Arcanjo é, de facto, o santo padroeiro da freguesia, simbolizando a faceta de comunidade agrícola que desde sempre se regista nas aldeias vilanovenses, apesar de a população ser crescentemente atraída pelas condições que uma cidade pode proporcionar. A agricultura era há meio século a base da economia da freguesia, porém, são hoje poucas as pessoas que se dedicam a esta actividade, pois a maioria vive dos rendimentos de empresas, comércio e serviços da região.
As cerca de duas centenas de agricultores que possuem os mais de 60 hectares de espaço de cultivo das várzeas vilanovense e algerina beneficiam de 5,5 km de levadas (sistema tradicional de regadio; vulgarmente conhecidas por valetas ou valas), ao longo das quais estão colocadas bocas de rega apontadas para cada uma das terras agrícolas. Este sistema facilitado pela barragem do Porcão permite aos agricultores tratarem das suas culturas (essencialmente batata, milho, feijão, abóbora e nabos) através da gestão por giro (tempo de rega permitido a cada agricultor consoante a extensão de terra que detém), uma forma de distribuição que simplifica a utilização da água proveniente do Açude da Malã, Vale do Forjo e da Corujeira.
Os processos de cultivo foram avançando, a população crescendo e a agricultura de subsistência então praticada pela população tornou-se fonte de riqueza, evoluindo para uma agricultura de mercado. O linho, milho, legumes e hortaliça foram as primeiras culturas das terras baixas, seguindo-se o tabaco e kiwi. Nas zonas mais elevadas, os agricultores dedicavam-se a batatais e olivais, enquanto as encostas argilosas há muito se utilizavam para a vinha.
Vila Nova surgiu em zona rodeada por uma fértil várzea e terrenos argilosos propícios à agricultura. A importância desta actividade nota-se desde logo no brasão da freguesia (de origem hebraica) composto por uma videira truncada e folhada em gavinha de prata com três cachos de uva dourados nas extremidades. Esta é uma imagem que poderá (e deverá) ser entendida como símbolo das actividades económicas ligadas à agricultura, em especial a vinicultura. Não é “ao acaso que fazemos parte da Rota dos vinhos da Bairrada, néctar afamado pelos seus sabores adamados, não esquecendo, claro está, a nossa gastronomia típica: o leitão e a chanfana”, frisa António Duarte, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Monsarros.
Os primeiros registos da aldeia datam de 1006, altura em que se constituiu como Orago (santo católico padroeiro de uma região), pela sua ligação ao trabalho, São Miguel Arcanjo, representado no brasão vilanovense pela espada. Falar da freguesia é, por isso, “dar a conhecer a grandeza de uma população trabalhadora, briosa e empreendedora, bem como a beleza rara de Lugares dignos de serem visitados”, frisa o autarca local.
São Miguel Arcanjo é, de facto, o santo padroeiro da freguesia, simbolizando a faceta de comunidade agrícola que desde sempre se regista nas aldeias vilanovenses, apesar de a população ser crescentemente atraída pelas condições que uma cidade pode proporcionar. A agricultura era há meio século a base da economia da freguesia, porém, são hoje poucas as pessoas que se dedicam a esta actividade, pois a maioria vive dos rendimentos de empresas, comércio e serviços da região.
As cerca de duas centenas de agricultores que possuem os mais de 60 hectares de espaço de cultivo das várzeas vilanovense e algerina beneficiam de 5,5 km de levadas (sistema tradicional de regadio; vulgarmente conhecidas por valetas ou valas), ao longo das quais estão colocadas bocas de rega apontadas para cada uma das terras agrícolas. Este sistema facilitado pela barragem do Porcão permite aos agricultores tratarem das suas culturas (essencialmente batata, milho, feijão, abóbora e nabos) através da gestão por giro (tempo de rega permitido a cada agricultor consoante a extensão de terra que detém), uma forma de distribuição que simplifica a utilização da água proveniente do Açude da Malã, Vale do Forjo e da Corujeira.
Texto e fotografia: FVNMOnline/DR
© fvnmonline
© fvnmonline
Categorias: Agricultura , Algeriz , Economia Local , Especiais de Informação , Freguesia de Vila Nova de Monsarros , Grada , Monsarros , Parada , Poço , Vila Nova de Monsarros
Acerca de FVNMOnline
FVNMOnline é um sítio web independente dedicado à freguesia de Vila Nova de Monsarros. Neste espaço virtual disponível desde 2001 poderá encontrar tudo o que diz respeito às suas povoações, desde a sua história a notícias e dados de natureza diversa, as suas personalidades e muito mais. Navegue pelo site e aceda a fotografias, vídeos e conteúdo interactivo sobre Algeriz, Grada, Monsarros, Parada, Poço e Vila Nova de Monsarros.
Acompanhe-nos nas redes sociais: Facebook | Twitter | Google+ | YouTube
Comentar com o Facebook:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários a “ESPECIAIS | Esta freguesia é para agricultor”
Enviar um comentário