16/01/2008

NOTÍCIAS | Loja de artesanato e decoração em risco de fechar

Apesar dos esforços, o único estabelecimento do género na freguesia pode encerrar em breve. A possibilidade foi avançada pela proprietária que garante tudo fará para manter vivo o seu negócio
 
 
A abertura do estabelecimento foi a concretização de um sonho. Com 21 anos e desempregada desde que terminou o secundário, Marlene Duarte decidiu abrir uma loja de artesanato e decoração em Vila Nova de Monsarros e, com a ajuda dos seus pais, esse desejo tornou-se realidade. No entanto, o pequeno espaço comercial enfrenta actualmente um período complicado e as vendas já não compensam. Há meses em que não chego a fazer sequer um cêntimo e, como é óbvio, fico desanimada. Apesar disso, quando surgem as épocas do Natal ou as vésperas da Festa das Neves chego a pensar que as vendas podem melhorar”, explica a proprietária.
 
No estabelecimento vilanovense estão expostos objectos de cerâmica de armazém, jogos de cozinha, quarto, tolhas, panos e diversos acessórios do lar pintados à mão pela proprietária, em grande parte rendados, sempre pela sua mãe “que apoia bastante. Sem a sua ajuda não havia produtos rendados ou teria de ser pago a alguém de fora para realizar estes trabalhos”, adianta.
 
A loja esteve inicialmente para abrir na vila termal. A proprietária ainda se informou das condições e facilidades concedidas aos jovens para iniciarem um negócio “mas a renda pedida seria incomportável. Talvez conseguisse maior lucro no Luso, contudo, pesadas as vantagens e desvantagens, acabei por decidir abrir em Vila Nova de Monsarros”, declara Marlene.
 
No entanto, e “dado que o negócio está a ser cada vez mais fraco”, a proprietária confessa estar já à procura de um part-time ou trabalho a tempo inteiro, esperando poder manter a porta aberta, “mas talvez somente aos fins-de-semana ou através de um sistema de encomendas”. Este método de vendas foi de resto o utilizado “antes da abertura da loja. Fazia os meus trabalhos, havia pessoas que tinham conhecimento disso e compravam o que fazia. Feliz ou infelizmente, conseguia mais lucros nessa altura do que agora”, conta, desiludida, Marlene.
 
As razões para o decréscimo de vendas são aparentemente simples, “as pessoas compram o mais acessível e, na maioria das vezes, o que vem de armazém, em que ganho uma margem mínima. Os produtos que exigem mão-de-obra dizem ser muito caros, apesar de gostarem”, explica a proprietária da pequena loja de artesanato, esclarecendo que “apenas cobro pelas tintas e pouco mais, quase nunca incluo a mão-de-obra. Se já assim as pessoas acham caro, imagino como seria”.
 
O preço dos artigos varia de um a 35 euros, correspondendo ao mais barato acessórios de cozinha e ao mais caro um jogo de quarto de linho pintado à mão com acabamento em renda. Apesar de manifestar a vontade de querer manter o negócio, Marlene Duarte adianta que “em Vila Nova de Monsarros é impossível, as vendas não dão para os gastos. Mas nunca se sabe, pode ser que no futuro, aqui ou em outro local, seja possível continuar com a loja. Uma coisa é certa, não vou desistir de fazer o que mais gosto, pintar, quanto mais não seja para mim”.
 

Projectos futuros
Embora coloque a hipótese de fechar a
loja de artesanato, Marlene não pretende ficar parada, pois “isso não faz muito o meu género. Quero trabalhar, fazer algo, ter uma ocupação”, reitera. “Estou a pensar em tirar a carta de pesados ou, em alternativa, tirar o curso de instrutora de ligeiros mas o preço de mil euros está longe de ser acessível à minha carteira”, explica.
 
“Gostava de manter o espaço aberto em Vila Nova de Monsarros, quanto mais não fosse sob a forma de part-time. Todavia, isso é apenas um desejo”, adianta a proprietária. “Caso não consiga emprego a tempo inteiro a alternativa será, como já faço actualmente, arranjar pequenos trabalhos e procurar umas horas por fora para ganhar algum”.
 

Contactos
O estabelecimento está aberto de segunda a sábado, das 9h00 às 18h00, “com licença de abertura para os sete dias da semana, o que por vezes chego a fazer”, refere Marlene.
A proprietária pode ser contactada para qualquer esclarecimento através do número de telemóvel 916 768 158 ou pessoalmente, na loja localizada na rua da Igreja.


Texto e fotografia: FVNMOnline/DR
© fvnmonline

Publicado a 16/01/2008 por FVNMOnline
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